quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vale uma troca, rápida?!

André Mingas

Michael Jackson

Fredy Mercury























Depois da morte de um dos meus maiores ídolos -André Mingas-, de ter visto a queda de um dos maiores (e mais velhos) líderes de África -o presidente líbio Muammar Kadafi/Gaddafi-, e outras coisitas mais (nada boas)... decidi desanuviar como bem sei: ouvindo “boa” música.
Não, ainda não foi Sara Tavares nem muito menos John Legend. Tenho tentado proibir meus ouvidos das suas músicas para que, quando os vir actuar em Luanda, sinta um “orgasmo musical” diferente, inovador, inesquecível.
Minha querida amiga/irmã, Celminha Figueiredo, chamou minha atenção para o novo vídeo da cantora “sensação”, Rihanna, com o título “We Found Love”...
Nada contra mas... é revoltante! Não me vejo a querer a morte directa das pessoas, mesmo porque sei que o pensamento tem um poder enorme e que devemos ter cuidado com o que desejamos. Porém, ciente de que o estado “pré-sono” só nos torna mais sinceros, pensei para comigo: será que podemos trocar?! Nem que por horas?! Deixar que os meus ídolos musicais que partiram “mais cedo” (Michael Jackson, André Mingas e Fredy Mercury) voltem por instantes, para um derradeiro show, e que essa nova geração de “frustrados” (Chris Brown, Rihanna, Justin Bieber e outros) aposentem suas carreiras?!
Seria um show memorável onde a fusão de estilos/culturas/vozes e mensagens faria qualquer um arrepiar-se... Um show onde todos iriam querer estar presentes. O local? Não sei... O estádio do Maracanã, no Brasil, com certeza não chegaria para albergar todos os fãs.
Não tenho nada contra a nova geração. Eles só obedecem às regras do mercado. Confesso que não sou muito boa a decorar letras e, a quantidade de novas canções por eles lançadas (sim, porque estão cheios de talento) só me faz ver que informação demais... cansa!
Vejo-me a vibrar ao som de “Esperança” e sonhar com um “Mufete” para recarregar as energias. Imagino-me a dizer que não quero ser apenas um “Man In the Mirror” e também a fazer o moon walk quando tocar “Billie Jean”. Contudo... “The Show Must Go On” e “I Want to Break Free” e, continuar.
Espero que os mais jovens aprendam a valorizar mais a música. Aprendam que... Bem, aprendam algo mais!
Vou continuar a acompanhar o trabalho deles, a ver se conseguem fazer hits que perdurem por mais de seis meses na minha memória, sem precisar de ajuda do YouTube. Farei isso pois meus ídolos ensinaram-me a apreciar o novo, a viver o agora... A ser feliz, sempre!
Descansem em paz: André Mingas, Michael Jackson e Fredy Mercury... Até um dia (quem sabe)...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

#MinhaVidaÉUmaNovela


Não há como negar: a minha vida é uma novela! E digo isso na óptica de espectador, mesmo.
Parece meio confuso mas é a realidade.
Bem quis que se tratasse duma alta produção de Hollywood, onde a qualidade do cenário é digna de Oscars, poderia beijar o Bradley Cooper, estar no red carpet e responder que estou a usar um Armani.
Mas não, a minha vida não é um filme... É mesmo uma novela!
Lembro-me dos clássicos de Bollywood, que fizeram parte da minha infância... Filmes longos de quatro horas (mais intervalos, da TPA) onde lágrimas, músicas, descobertas de laços familiares confusos estavam sempre no guião... Por momentos, pensei que estava no caminho certo mas... não! Bollywood não é para mim, pois, eu vivo uma novela!
Não no estilo mexicano (nem muito menos as do AfricaMagic Chanel)... acho que vivo numa mistura de Manoel Carlos, Gilberto Braga e Glória Perez (conhecidos autores de novelas brasileiras).
Por vezes vejo-me no meio de cenas que, só mesmo no Projac (estúdio de produção da rede Globo, no Brasil) são prováveis.
Não quero ter a duração de uma mini-série (rápidas demais para mim)... Sou mesmo uma novela. Nela sou a vilã, a “mocinha” e por vezes surgem os “galãs”. Eles, para não fugir a regra, têm que me permitir viver um “amor impossível”, com direito a trilha sonora de Céline Dion, Mariah Carey, Beyoncé e claro... Adele (nova rainha dos corações partidos).
Como boa novela, também há espaço para a comédia... Nesse sector não deixo a desejar.
Mas, o pior são àqueles dramas -quase tão profundos como os dos livros de Neruda- que quase sempre me vejo relacionada.
Como espectadora: prefiro sempre esperar pelo próximo capítulo. Não vou mentir que por vezes rezo para não ter energia (como na infância da Edel sem gerador), onde tínhamos que ouvir pelos  outros o desfecho.
A vida é sempre melhor, ou mais animada, quando não é a nossa.
Hoje, vejo-me num daqueles capítulos onde, aos 44 minutos do segundo tempo, tudo parece mudar, tudo parece rodar... Nada pode ser dado como certo.
Creio que o público quer ver outro final... E eu, bem, prefiro esperar pelo próximo episódio.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A mulher do "Pole"



A jornada na terra do "tio Sam" tem sido, no mínimo, maravilhosa.

Tento guardar todos os minutos na minha mente, divertir-me, aprender ao máximo e superar também alguns dos meus medos.

Foi assim que decidi seguir o meu Kikito para o subway/metro (aquele transporte super rápido, família do comboio que anda no subsolo- essa é a MINHA definição).

Já comecei a perder o receio de um desmoronamento e dos outros riscos possíveis de estar "por baixo da terra" e, devo confessar que, observar as milhares de pessoas que entram e saiem dos vagões ajuda bastante.
  
Hoje vi uma mulher aparentemente nos seus 70 anos, um pouco mais de 1,50 cm, com a pele cansada da idade mas, com uma vontade de parecer jovem muito grande.

Ela subiu um pouco depois de mim. Consegui um lugar para sentar e, até senti-me tentada em oferecê-la quando dei conta que, o que ela queria mesmo, era o poste.

Lá ela se fixou, marcou território e aproveitou todos os “tremeliques” do transporte público para balançar, como se de uma bailarina se tratasse.

Olhei para os seus pés, delicados como só (com uma pele jovem e intacta) e apreciei os movimentos precisos que faziam... Reconheci neles técnicas de pole dance (uma dança sensual onde, utilizando como elemento um poste ou barra vertical, a bailarina(o) realiza a sua actuação).

Deixei-me levar e imaginei a vida daquela mulher. Seus caminhos expressos nas mãos firmes, sua coragem descrita no olhar que ignorava todos os presentes que, admirados como eu, apreciavam “seu show”, e... os lábios cansados de tanto batom, mas sempre firmes.

Senti-me mais jovem, mais capaz ao ver aquela mulher.

Quando chegou a sua saída, desceu altiva e serena, passando-me a sensação de que sabia que muitos a aplaudiam por dentro... Mas na vida corrida de Nova Iorque, ela é apenas mais um personagem.

Creio ter encontrado o paraíso para a minha mente... Inspiração não falta nas ruas da “cidade que nunca dorme”.

PS: Escrito aos 9 de Setembro de 2011... Por incrível que pareça... as 9horas e 11 minutos. :)

sábado, 17 de setembro de 2011

É dando que se recebe?!

Existem três tipos, muito conhecidos, de amor.
O primeiro é o dos que muito dão e pouco recebem, o segundo é o dos que dão e recebem em doses parecidas e o terceiro (interligado ao primeiro) é, a meu ver, o mais vil... É o dos que pouco dão e muito recebem.

É vil porque pertence aos traumatizados, àqueles que depois se tornam responsáveis também por muitos traumas, àqueles q fazem diminuir o brilho no olhar, a entrega, os sorrisos... Diminuem o verdadeiro significado do amor.

Soube duma história assim. Ela começou como todas, motivada pela cendelha da paixão... Nada começa sem ela. Sem a vontade do toque, da entrega, do romance.

Porém, não há paixão q resista... E essa, também não resistiu... Extinguiu-se com o tempo, como se de uma fogueira de praia se tivesse tratado. 
Há quem diga que é possível continuar sem a paixão... Mas eu pergunto: consegues viver sem respirar?! A mim, nada respondem.

Essa história foi se perdendo, pois quando muito se recebe e pouco se dá sentimo-nos sufocados, incapazes, insuficientes para a pessoa amada... E com isso chegam as discussões desnecessárias, os dramas, a falta de diálogo e compreensão.

Os que pouco dão e muito recebem fazem parte da estatística da infelicidade, fazem parte dos que vivem de memórias dum passado tristonho e, por incrível que pareça, são encantadores o suficiente para puxarem para o seu mar de angústias e temores, sempre mais um pobre disposto a dar de tudo para ser feliz, pois... O ser humano gosta de desafios.

Aos intervenientes desta história recomendei algo há muito esquecido por ambos... A felicidade! Ao que muito dava, recomendei que tentasse procurar no horizonte alguém que realmente estivesse empenhado em trata-lo com respeito, carinho e dedicação. Dizem que "há sempre uma tampa para uma panela velha"... Já eu digo que "pé bonito tem sempre protecção no Inverno". Pedi para que não desistisse de encontrar a alegria de uma relação salutar, porque o erro não estava em querer ser feliz mas sim em não saber aproveitar a vida e seus bons momentos. Ninguém nasceu para sofrer.

Ao que pouco dava, bem... A ele, apenas pedi que fosse mais humano e não envolvesse mais pessoas nos seus traumas e inseguranças. Que mais podia eu fazer?! Ele sabe a doença, tem o remédio... Só tem que toma-lo.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A geração do Agora!

São poucas as pessoas que conseguem, depois de tanto tempo de convivência, despertar em mim um amor puro, livre de atracção sexual, de cobranças desnecessárias... Eu tenho um amigo assim, o meu "Kikito".
Com ele sinto que posso debater tudo e mais qualquer coisa... Seus conselhos valem por mais de mil pensamentos.
Nossa amizade já dura alguns anos, e só tende a melhorar, é como o vinho. Hoje debatemos o fardo das gerações, meio para justificarmos os "desentendimentos normais em qualquer relação".
Vimos que eu sou da geração do "Agora" e ele, da geração do "Daqui a Pouco".
Segundo ele, a geração dele ainda casa, ainda tolera, ainda perdoa o esquecimento, tem menos pressa.
Já eu defendo a minha geração, a do "Agora"! Para nós: "o pau que nasce torto não endireita"... Se agora já não dá, não vai dar depois. Para nós, cada momento é único - muitos de nós acreditam que o mundo, realmente, vai acabar nesta década. Para nós: quem ama cuida, confia, se entrega.
Sou da geração que se diverte sem medo, que acha que sabe o que é certo, que não tem receio de errar e de mudar a sua opinião. Geração da incoerência.
Ele é da geração da crise, da estabilidade... Da geração do "meu tempo era melhor". Já eu, bem... Eu "vivo o meu tempo".
Apesar das diferenças, a nossa amizade persiste. À ele não posso fazer grandes exigências, pois sei que a geração dele muitas vezes valoriza mais o passado do que o presente (antiguidade é um posto)... Já a minha valoriza a intensidade de cada instante (é bom enquanto durar).
Chegamos a um ponto comum: cada geração tem o seu peso e, mistura-las tem vantagens e desvantagens.
Cabe a nós sabermos como fazer resultar... Mas, se me perguntarem qual é melhor, claro que irei dizer: Sim, é a minha! :)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A vizinha da porta ao lado






O dicionário não mente! Decepção é uma ilusão perdida, um desapontamento, um malogro de uma esperança... Uma desilusão!
Por vezes, nos deixamos levar pelas pessoas que nos transparecem serenidade e segurança... E, são elas que nos decepcionam.
Minha avó conhece as melhores estórias. É de Malanje, terra onde “ninguém paga renda por ter casa própria”... Minha avó conhece as piores estórias. Vive em Luanda, terra que passa por selva... Selva onde “todos querem ser o leão”. Segundo, ela: “os de Luanda têm maldade no olhar”... Eu discordo!
Já andei meio mundo e encontrei boas e más pessoas em todos os cantos. O porteiro em Paris, o taxista em Nova York, a vendedora na Tailândia, a hospedeira em Marrocos... Mas de todos, a que mais me magoou foi a “vizinha da porta ao lado”.
Ela, a “vizinha”, que todos os dias sorri quando me cumprimenta. Que diz que já somos da mesma família. Que me acolhe no seu quarto, que se alimenta em minha casa... Foi dela que recebi o amargo sopro da decepção.
Quando menos contei, quando menos esperei... Descobri que tudo não passava de mentiras, falsas promessas... Ilusões!
Iludida estava em pensar que podia confiar nela, tal como ela podia confiar em mim. Seu fel contou mentiras que até eu, na ilusão de não me decepcionar, perguntei-me se não eram verdades...
Mas é como tudo! “Vizinhas” há muitas, disfarçadas ou não... Elas estão por aqui, para nos fazerem ver que, na sociedade actual, não é apenas o gatuno que deve dormir com um olho aberto.
Por vezes penso que é mais feliz aquele que vive isolado do mundo... Feliz com os seus pensamentos... Livre da decepção, de encontrar uma “vizinha da porta ao lado!”

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Os meus PPP's






Não, não me refiro aos PPP (pequeno/a, pausado/a e popozudo/a) eternizados pelo Yuri da Cunha... Um dos maiores intérpretes da nova geração do nosso Semba.
Eu refiro-me à algo mais puro, mais intenso e mais difícil de alcançar: Perdão, Paciência e a Paixão.
Esses 3 P's moram na mesma casa, em compartimentos diferentes mas, se reúnem sempre na hora das refeições... Hora essa em que os atritos costumam ser mais frequentes.
Ninguém começa a comer sem, pelo menos, um deles estar presente. Digo já que, na ausência dos P’s, o risco de indigestão é bem maior.
A Paixão é a mais nova e, por isso a mais intensa, a mais leviana… Porém a mais capaz. Não tem medo de pedir para repetir o prato e nem de levantar e sair, se a comida não for do seu agrado... É ela que muitas vezes: repete a sobremesa.
Depois dela, temos a Paciência... A menina do meio, a mais ajuízada, que sabe ponderar, que sabe distinguir o salgado do doce, que sabe realmente discernir quando é que vale a pena, ou não, lutar pelo último pedaço daquela fruta que tanto gostamos. Ela aceita os erros da Paixão e ajuda a superar a virtude do seu outro irmão, o Perdão.
Dizem que eles são gémeos, pela maneira sábia q se comportam... Sentam sempre um ao lado do outro, trocam impressões e alguns dos sabores agridoces da vida.
O Perdão, por ser o mais velho, é sempre quem decide quando e como continuar a comer depois de uma refeição mal servida, porque sim: a apresentação do prato conta muito.
Ele analisa, discrimina, muitas vezes come o que gosta e deixa as sobras no prato, meio esquecidas..."Mais vale mandar os restos para o lixo do que remoê-los", disse ele, certa vez.
O Perdão é divino, é natural e nada forçado, tal como suas irmãs.
Os três são filhos do senhor Respeito e da dona Amor. Provavelmente essa relação terá mais frutos, com o tempo... Mas sem esses três, de nada valeria a pena tanta entrega e vontade.
A hora da refeição é sagrada, e mais uma vez os três estão preparados para comer.
Paixão, Paciência e o Perdão... Os meus PPP's.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Quando me apaixono!

Acordei com vontade! Vontade de sentir, de me entregar... Vontade de ser dele (mais uma vez)...
O meu "companheiro" tem sido a luz e a escuridão dos meus dias... Devem ser efeitos da paixão.
Quando me apaixono (facto raro) me entrego, me excedo, incorporo todas as deusas da literatura só para incrementar o famoso "amo-te", pois é mais do que comum apelidarmos a Paixão de Amor, para transforma-la em algo mais intenso, mais capaz, mais real...
A minha paixão não é apenas uma atracção - como aquela que sinto quando vejo homens e mulheres cativantes... A minha paixão é sublime, intelectual, confusa e cheia d charme (requisitos mais do que indispensáveis para conquistar-me).
Quando me apaixono, consigo reconhecer todas as cores d um arco-íris, relevo falhas, organizo minhas energias para aquela pessoa.
Quando me apaixono, mando flores! Se é escusado, não sei... Faço aquilo que o meu coração manda!
Grito, choro, fico entre os portões da alegria e da tristeza. Compartilho inseguranças com o meu subconsciente o que faz que, até em sonhos, a minha paixão esteja presente.
Quando me apaixono não desisto... Conquisto!
Nem sempre elas dão certo: já sofri quedas suficientes para aprender a saborear o amargo da derrota, mas a gente continua: na espera tranquila de mais batalhas... A vida não nos permite desistir... Ela é curta demais para ser insossa!
Hoje acordei com vontade... Vontade de te ter... De ser tua (mais uma vez) e o melhor de tudo é que, esta vontade... Tem tudo para ser uma realidade!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Obrigada, Alanis



Tardes cansativas que parecem não ter fim, fazem-nos pensar... A música, minha companheira de todos os momentos, ajuda-me a viajar por décadas (muitas das quais nem vivi).

Alanis Morissette, uma das mais reconhecidas cantoras canadenses, começou a sua carreira no início da década de 90. Confesso que naquela altura era uma menininha, que por vezes brincava com barbies, outras com vídeo games, ou mesmo com os meus amigos imaginários.

Não percebia quase nada do que se dizia em inglês, mas... A voz dela sempre me cativou. Hoje, parei mais uma vez para ouvir “Thank You”, uma das músicas mais motivadoras (apesar da mensagem) que Alanis já escreveu.

O coro, motivou-me também a escrever... Motivou-me a agradecer:
Thank U Índia- pela inspiração durante a infância; pelos filmes de mais de quatro horas na TPA. Obrigada pelo cabelo que muitas amigas minhas usam... Obrigada!

Thank U, Disillusionment and Frailty- sim, muito obrigada! Desiludi-me vezes sem conta por ser (por vezes) frágil... E aprendi o que tive de aprender, sem perder a vontade de viver!

Thank U, Terror- sim, obrigada! Durante anos dormi forrada da cabeça aos pés, com medo que algo me atacasse e isso impediu que visse muitos dos problemas que, agora sei que realmente não teria entendido...

Thank U, Consequence and Providence- pelos momentos que me fizeste ver que quem abusa, apanha... Que quem fere, é ferido... Quem ama, cuida... Quem dá, recebe!

Thank U, Nothingness and Clariness- por todas as vezes que nada fiz, que me deixei estar... Que deixei fluir e respirei fundo... Obrigada!

Thank U Silence- por tudo que me permitiste não ouvir... Aprendi a interpretar-te de modos a, por vezes, querer-te como resposta! Obrigada, silêncio...

Obrigada vida, pelas lições... Obrigada por me permitires reconhecer meus erros... Obrigada pela chance de ser feliz! 

Link YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=NL1Nu3qZLdg - Thank You (Live)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Se eu morrer jovem

Se eu morrer jovem, enterrem-me no vento. Deitem-me numa cama de rosas e depois afundem-me no mar, durante a alvorada. Mandem-me embora com as palavras de uma canção de amor...

Senhor, transforma-me num arco-íris, eu vou brilhar para a minha mãe... Assim, ela saberá que estou segura ao Teu lado quando estiver sob minhas cores...

A vida nem sempre é o que nós queremos que ela seja. Olhem para àquela mulher: "nem velha é, e já enterra o seu filho"...

A faca do destino é afiada e por vezes torna a nossa vida curta, bem... Eu tive apenas o tempo suficiente!

Vestirei branco quando entrar no Vosso reino. Estou verde, como o anel que deixo tirarem do meu dedo... Será que conheci o amor de um homem?! Com certeza pareceu bom quando ele segurou a minha mão...

Há um rapaz que diz que me vai amar para sempre... Quem teria pensado que o "para sempre" poderia ser interrompido!? O que eu nunca fiz está feito!

Queres pagar centavos pelos meus pensamentos?! Não permitirei! Eu vou vendê-los por milhares de dólares. Eles valerão muito mais depois da minha partida. E talvez aí, você vai ouvir as palavras que eu disse... Engraçado como só somos ouvidos depois de mortos...

Recolham vossas lágrimas, guardem-nas para quando elas realmente forem necessárias! Lembrem do meu sorriso e que, eu tive apenas o tempo suficiente para ser feliz e, aproveitei como pude... como foi melhor :)

PS: Uma singela homenagem a todos que deste mundo já partiram. Que suas almas descansem em paz...

sábado, 25 de junho de 2011

O poder dos mais de vinte anos

Das poucas vezes que neste ano tive vontade de sentar para acompanhar uma telenovela: ou foi por ter sido dispensada por algum rapaz que estivesse a assistir tal "obras de arte" (trazidas a nós principalmente por brasileiros) - porque sim, agora os homens estão viciados em novelas -; ou foi por estar a espera que algo de bom acontecesse na minha, as vezes, monótona vida... E aconteceu!
Ao ver uma cena da novela Insensato Coração, da TvGlobo, onde os personagens de António Fagundes e Camila Pitanga se desfaziam da sua "forjada" relação... Ouvi o tom, a poesia, a magia de Ellis Regina como música de fundo e, apaixonei-me.
Com a ajuda do Google, pude encontrar e aprender um pouco mais sobre a magia de 20 Anos Blue, a música em causa.
Espero que gostem e que se identifiquem (tal como eu) com mais este belo trabalho da eterna Musa da BossaNova, composto por Vitor Martins e Sueli Costa


Ontem de manhã quando acordei
Olhei a vida e me espantei
Eu tenho mais de 20 anos

E eu tenho mais de mil perguntas sem respostas
Estou ligada num futuro blue

Os meus pais nas minhas costas
As raizes na marquise
Eu tenho mais de vinte muros
O sangue jorra pelos furos pelas veias de um jornal
Eu não te quero
Eu te quero mal

Essa calma que inventei, bem sei
Custou as contas que contei
Eu tenho mais de 20 anos

E eu quero as cores e os colirios
Meus delirios
Estou ligada num futuro blue

Os meus pais nas minhas costas
As raizes na marquise
Eu tenho mais de vinte muros
O sangue jorra pelos furos pelas veias de um jornal
Eu não te quero
Eu te quero mal

Ontem de manhã quando acordei
Olhei a vida e me espantei
Eu tenho mais de 20 anos
Eu tenho mais de 20 anos

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Saudade que Alimenta

Do vazio da minha alma... Do mais delicado sorriso... Do mais abrangente abraço: ela está ali... Nos pequenos gestos, nas pequenas atitudes, nos grandes momentos... A Saudade alimenta a minha esperança, alimenta o meu viver... Saudade daquilo que tive, saudade daquilo que não pude viver... Saudades do futuro que posso não vir a ter.

Por vezes o "amanhã" parece tão incerto... Todos nós já duvidámos dele e muitos não viverão para vê-lo.

Momentos como estes deixam-nos vulneráveis, atentos, desiludidos... Porém, a dor que nos derruba, também é capaz de nos levantar e a Saudade... alimenta a nossa vontade de viver um pouco mais, de aumentar o número de lembranças que teremos de que um dia já fomos felizes (ou não)... De que um dia, enquanto uns tombavam, nós continuamos aqui...

terça-feira, 10 de maio de 2011

As cinco gavetas*

  • São famosas, controversas, enigmáticas, são reais. As famosas cinco fases da dor (Negação; Ira; Troca; Depressão e Aceitação) são uma realidade na minha vivência.

    Para muitos, elas só servem para casos profundos, como perdas físicas, morte de ente queridos. Para mim elas são necessárias, são fases do meu quotidiano.

    Quando "se mata um leão por dia", vamos tentando levantar, tentando superar... Abrir novas gavetas no armário da vida. Só que, e as que estão ainda abertas? E àquelas que têm demasiado material dentro e já não fecham em condições?!

    As gavetas da nossa vida podem ser arrumadas ou desarrumadas, podem estar cheias ou vazias, mas não nos podemos esquecer que é nelas onde estão as nossas histórias, as nossas vivências, recordações... memórias.

    Eu tenho cinco gavetas. Nelas nego, com elas me irrito, faço trocas, deprimo e depois tento continuar, aceitando que apesar de não ser fácil... é necessário!

    Tento sempre arruma-las. Porém arranjo subterfúgio na falta de tempo, na falta de vontade, na falta de coragem. O tempo, senhor do protagonismo, faz com que no momento certo nos organizemos.

    Uma limpeza nunca é fácil. Requer força de vontade, empenho e luta... E, quando achares que já não consegues lutar, respira fundo! É de borla e só te faz melhorar...

    Hoje, mais uma vez, decidi arruma-las. Digo sempre que já as tenho sobre controle, que já fiz o inventário, porém só o tempo dirá... Só a vida nos mostra o caminho a seguir.

    Cabe a nós sermos fortes o suficiente para ,acima de tudo, aprendermos que a nossa felicidade só depende de nós!
 
Hoje, quero poder fechar (e bem) algumas gavetas, e depois continuar ;)

 

É deselegante saber tudo ;)*


Ontem, durante uma agradável conversa com um bom amigo, quase consegui redimir-me de uma das minhas maiores falhas... Não saber nadar!
Não posso culpar os meus pais por esse lapso motor... Várias foram as oportunidades, depois de ter criado as primeiras asas para pular ninho afora, que tive para aprender a mergulhar, respirar dentro da água e flutuar (essa última faço com mestria). Creio que deve ser mais do que isso o “saber nadar”. Por exemplo, numa piscina de raia curta, sou tida como “pró”, faço tudo direitinho... Bem colada a borda.
Mas quando me aproximo de Kianda/Iemanjá/Posaidon desperto o lado mais tímido do meu ser... O lado que se aproveita de desculpas sórdidas por não saber fazer as coisas.
Quando questionada sobre o porquê que não sabia nadar, rápida respondi:
“Uma mulher não pode saber tudo, é deselegante!”...
E certa da minha verdade, continuei dizendo: “-Quando me perguntam se sei cozinhar, digo que sim... Se sei conduzir, falar outros idiomas e etc, digo sempre que sim! Acho elegante e também para não desencorajar os homens, dizer que não sei nadar”.
 Devo dizer que me baseei na máxima: O ignorante é sempre mais feliz.
Se isto é o mais correcto, provavelmente não, mas... será que ao assumir-me perfeita, demonstrando saber tudo, não estarei a ser hipócrita e a enganar o meu próprio ser?! Porque o limite entre o realismo e o egocentrismo é apenas uma leve linha que muitas vezes ultrapassamos.

Com isso, quero dizer-vos que não sou perfeita! Aproveitem o melhor e o pior desse blogue... Haverá sempre uma mensagem (positiva ou não) para os que por cá passarem ;)


*Publicado em jandiramiranda.criarumblog.com, aos 28/03/2011