quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vale uma troca, rápida?!

André Mingas

Michael Jackson

Fredy Mercury























Depois da morte de um dos meus maiores ídolos -André Mingas-, de ter visto a queda de um dos maiores (e mais velhos) líderes de África -o presidente líbio Muammar Kadafi/Gaddafi-, e outras coisitas mais (nada boas)... decidi desanuviar como bem sei: ouvindo “boa” música.
Não, ainda não foi Sara Tavares nem muito menos John Legend. Tenho tentado proibir meus ouvidos das suas músicas para que, quando os vir actuar em Luanda, sinta um “orgasmo musical” diferente, inovador, inesquecível.
Minha querida amiga/irmã, Celminha Figueiredo, chamou minha atenção para o novo vídeo da cantora “sensação”, Rihanna, com o título “We Found Love”...
Nada contra mas... é revoltante! Não me vejo a querer a morte directa das pessoas, mesmo porque sei que o pensamento tem um poder enorme e que devemos ter cuidado com o que desejamos. Porém, ciente de que o estado “pré-sono” só nos torna mais sinceros, pensei para comigo: será que podemos trocar?! Nem que por horas?! Deixar que os meus ídolos musicais que partiram “mais cedo” (Michael Jackson, André Mingas e Fredy Mercury) voltem por instantes, para um derradeiro show, e que essa nova geração de “frustrados” (Chris Brown, Rihanna, Justin Bieber e outros) aposentem suas carreiras?!
Seria um show memorável onde a fusão de estilos/culturas/vozes e mensagens faria qualquer um arrepiar-se... Um show onde todos iriam querer estar presentes. O local? Não sei... O estádio do Maracanã, no Brasil, com certeza não chegaria para albergar todos os fãs.
Não tenho nada contra a nova geração. Eles só obedecem às regras do mercado. Confesso que não sou muito boa a decorar letras e, a quantidade de novas canções por eles lançadas (sim, porque estão cheios de talento) só me faz ver que informação demais... cansa!
Vejo-me a vibrar ao som de “Esperança” e sonhar com um “Mufete” para recarregar as energias. Imagino-me a dizer que não quero ser apenas um “Man In the Mirror” e também a fazer o moon walk quando tocar “Billie Jean”. Contudo... “The Show Must Go On” e “I Want to Break Free” e, continuar.
Espero que os mais jovens aprendam a valorizar mais a música. Aprendam que... Bem, aprendam algo mais!
Vou continuar a acompanhar o trabalho deles, a ver se conseguem fazer hits que perdurem por mais de seis meses na minha memória, sem precisar de ajuda do YouTube. Farei isso pois meus ídolos ensinaram-me a apreciar o novo, a viver o agora... A ser feliz, sempre!
Descansem em paz: André Mingas, Michael Jackson e Fredy Mercury... Até um dia (quem sabe)...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

#MinhaVidaÉUmaNovela


Não há como negar: a minha vida é uma novela! E digo isso na óptica de espectador, mesmo.
Parece meio confuso mas é a realidade.
Bem quis que se tratasse duma alta produção de Hollywood, onde a qualidade do cenário é digna de Oscars, poderia beijar o Bradley Cooper, estar no red carpet e responder que estou a usar um Armani.
Mas não, a minha vida não é um filme... É mesmo uma novela!
Lembro-me dos clássicos de Bollywood, que fizeram parte da minha infância... Filmes longos de quatro horas (mais intervalos, da TPA) onde lágrimas, músicas, descobertas de laços familiares confusos estavam sempre no guião... Por momentos, pensei que estava no caminho certo mas... não! Bollywood não é para mim, pois, eu vivo uma novela!
Não no estilo mexicano (nem muito menos as do AfricaMagic Chanel)... acho que vivo numa mistura de Manoel Carlos, Gilberto Braga e Glória Perez (conhecidos autores de novelas brasileiras).
Por vezes vejo-me no meio de cenas que, só mesmo no Projac (estúdio de produção da rede Globo, no Brasil) são prováveis.
Não quero ter a duração de uma mini-série (rápidas demais para mim)... Sou mesmo uma novela. Nela sou a vilã, a “mocinha” e por vezes surgem os “galãs”. Eles, para não fugir a regra, têm que me permitir viver um “amor impossível”, com direito a trilha sonora de Céline Dion, Mariah Carey, Beyoncé e claro... Adele (nova rainha dos corações partidos).
Como boa novela, também há espaço para a comédia... Nesse sector não deixo a desejar.
Mas, o pior são àqueles dramas -quase tão profundos como os dos livros de Neruda- que quase sempre me vejo relacionada.
Como espectadora: prefiro sempre esperar pelo próximo capítulo. Não vou mentir que por vezes rezo para não ter energia (como na infância da Edel sem gerador), onde tínhamos que ouvir pelos  outros o desfecho.
A vida é sempre melhor, ou mais animada, quando não é a nossa.
Hoje, vejo-me num daqueles capítulos onde, aos 44 minutos do segundo tempo, tudo parece mudar, tudo parece rodar... Nada pode ser dado como certo.
Creio que o público quer ver outro final... E eu, bem, prefiro esperar pelo próximo episódio.