sexta-feira, 25 de maio de 2018

O Homem que não sabia se queria amar (e ser amado)!


E tudo, para ele, parecia pesado... sem retorno e sem importância. “Como alguém me pode amar por ser quem eu sou e não por àquilo que tenho”?  Esquecendo de que as partes constituem o todo, mas que sem a base nada se pode construir.

Somos árvores... sem raízes saudáveis não tem como florir.

E ele deixou de acreditar... estava habituado a lidar com o esperado... com a troca directa de favores... com falsos amores.

Como poderia ele amar? Se, para ele, o amor é a disputa de gestos vazios com provas físicas daquilo que se sente. Se, para ele, é melhor o sol se pôr para apreciarmos o fogo de artifício.

Como explicar ao ser humano mais puro que ele merece mais... que ele não tem de apanhar dores na esquina e faze-las suas... que o sorriso dele, aquele genuíno que ele consegue esboçar antes de se perder em pensamentos do porquê das coisas, é a mais bela prova de que vale acreditar no amanhã?

Um dia de cada vez, com olhos num futuro melhor... Gentileza gera gentileza... sem insistir em receber algo que ainda não se quer manter activo e aproveitando todas as oportunidades de crescimento, de sarar feridas, de curar raízes, de ver florir àquilo que se quer: amor!

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

"Dear (old) Narnia"


Quando surgiste foi como encontrar uma espécie de tábua de salvação no meio de um oceano recheado de tubarões. Um castelo de portões abertos, no meio do mundo... a (falsa) definição de liberdade.

Mas, e já cantou (e bem) Luther VanDross, "a house is not a home". Cada vez mais o lixo que fui guardando no teu porão sufocou-me... quer pelo cheiro ou então pelos insectos que de lá sairam.
Se não fui feliz dentro de ti, velho Castelo de Nárnia?! Claro que fui... não posso responsabilizar-te por minhas más escolhas na decoração... mesmo porque o importante é reter as boas lembranças e em ti fui todos os personagens narrados por CS Lewis.
Houve espaço para um bocado de tudo... amores, tristezas, decepções, gargalhadas e muita música. Castelo animado... casa cheia... coração vazio... mente confusa... alma sofrida... corpo cansado! Hora de mudar!
Esquecer a decoração e arriscar! descansar o corpo... Animar a alma... organizar a mente que o coração vai tratar de encher!
Mais de mil dias num mesmo lugar... mesmo para quem não é materialista é complicado seguir... mas tem de ser!
Entregar a chave e procurar novo porto... chorar minhas lágrimas porque hoje é a última noite sem definição de futuro.
Pegar as pedras e construir um novo castelo... fazer dele meu lar... meu infinito particular e fortaleza, não um refúgio.
Minha Nárnia não deve ser meu esconderijo e sim a minha decisão!