quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Os Dez (Livros) Escolhidos





Porque “o saber não ocupa lugar”, decidi aceitar o desafio e partilhar Dez das Obras Literárias que mais me marcaram, até o momento. Não pensei que fosse ser tão complexo… aliás, certas escolhas sempre o são. Mexem com tudo que entendemos de racional e lúdico… Vasculham lembranças, memórias, sentimentos, vontades… chegam até nossa alma.

Comecei a ler muito cedo. “Precocita” lá de casa, aos 4 anos já devorava os jornais, revistas e alguma banda-desenhada/quadrinhos, mesmo sem muita noção daquilo que lia. A realidade é que, o hábito ficou e, sinto-me frustrada/triste por actualmente não continuar a fazer dele um vício.


Abaixo, os Dez Escolhidos:

1.       Bíblia Sagrada: li, reli e tento entender o máximo possível. Confesso que optei por ignorar certas coisas, aceitar a maioria e debater, em estudo bíblico, questões que não consegui compreender sozinha. Aprecio muitos livros e capítulos quando procuro por respostas. Para mim a Bíblia é leitura obrigatória, para muitos é uma obra de valor sagrado (para os cristãos), escrita pelos homens e baseada na crença que estes têm em Deus, um Ser Superior e Criador do Universo… o centro da Fé!

- Escrita por 40 autores, entre 1445 e 450 a.C. (livros do Antigo Testamento) e 45 e 90 d.C. (livros do Novo Testamento)*



2.       A Gloriosa Família (Pepetela): não li, mas é como se o tivesse feito! A minha mana mais velha, Kinna Santos, fez questão de narrar para mim, de uma forma única e especial, cada um dos 12 capítulos que compõem esta obra-prima da literatura angolana (mundial, se me permitem). Apesar de já saber ler com maior percepção dos textos (na altura estava “viciada” em Enciclopédias) sabia muito bem esperar pela narrativa… era o “nosso momento”, ela tem o dom de contar histórias/estórias como poucos. Das melhores lembranças que tenho… saudades de um tempo que se tornou eterno na minha memória.

- Romance publicado em 1997, pela editora Dom Quixote*



3.       Crónicas de Nárnia (C.S. Lewis): começou com a vontade de entender a adaptação do primeiro livro (A Bruxa, o Leão e o Guarda-Roupa) para a televisão, exibida pela Televisão Pública de Angola na década de 90 do século passado e, tão logo tive a oportunidade, “devorei” os outros seis. Foram uma grande motivação para aprender a língua inglesa. Tornou-se no meu Mundo Privado, meu “infinito particular”… “Em Nárnia, eu sou feliz”.

- As Sete Crónicas são: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (publicado em 1950), Príncipe Caspian (1951), A Viagem do Peregrino da Alvorada (1952), A Cadeira de Prata (1953), O Cavalo e seu Menino (1954), O Sobrinho do Mago (1955), A Última Batalha (1956).*



4.       Cem Sonetos de Amor (Pablo Neruda): porque poucos falaram/falam/falarão de amor como ele, recomendo vivamente (para quem não conhece). Falar de Neruda e seu trabalho é perder-se e se encontrar… dar e pedir para receber em troca um amor puro/livre/capaz e, se assim não for, seguir amando, pois “En esta historia sólo yo me muero, y moriré de amor porque te quiero, porque te quiero, amor, a sangre y fuego”.

- A obra foi publicada em Santiago (Chile), pela Ed. Universitaria, em 1959.*



5.       A Turma da Mónica (Maurício de Sousa): dos primeiros livros que li (juntamente com alguns da Marvel e DC Comics), mas o texto leve e as mensagens positivas sempre me cativaram. Imitar as características dos personagens principais, agir como se “eles fossem da família”… é intemporal, a obra de Maurício.

- Histórias em “quadrinhos” criada por Maurício de Sousa no ano de 1963. Até hoje são publicadas edições inéditas*



6.       O Segredo (Rhonda Byrne): sempre fui “contra” livros de “auto-ajuda”… mas este tomou conta de mim de tal forma que, até hoje, é o meu livro de cabeceira. A forma como a mensagem é transmitida, um conteúdo que nos permite acreditar que quase tudo depende de nós e da energia que enviamos para o Universo. Mudou a minha forma de ver/encarar o quotidiano… literalmente: mudou a minha vida (pedir, crer, receber)!

- Começou por ser um filme em formato documentário austrálio-estadunidense de 2006, inspirando assim o livro homónimo*.



7.       Quem Me Dera Ser Onda (Manuel Rui): a capacidade que os livros têm de nos permitir viajar e criar expectativas de um mundo melhor… um mundo onde, cada criança poderia criar o seu próprio “porquinho”. Infelizmente, nem um em forma de mealheiro tive… mas valeu (e muito) pela boa leitura.

- A primeira edição foi lançada em 1982*.



8.       Cem Anos de Solidão (Gabriel Garcia Marquez): desde a centenária visão de Úrsula à necessidade de desvendar os segredos dos misteriosos pergaminhos de Melquíades… é, sem dúvida, dos livros que mais gosto tive em ler e debater, chegando a conclusão de que não mudaria uma vírgula deste clássico.

- Primeira Edição publicada em 1967, na Argentina, pela Editorial Sudamericana*



9.       Quando Chega a Hora (Zibia Gasparetto): Lucius “ditou” muitas boas histórias para que Zibia explicasse um pouco mais ao mundo sobre os segredos do Universo. Na minha busca por resposta e compreensão, li algumas, mas esta foi das que mais me marcou. Muito torci pelos personagens, apesar de saber que o seu destino já há muito tivera sido traçado.

- Literatura espírita de autoria do espírito Lucius, psicografado por Zibia Gasparetto, foi lançada em 1999*.



10.   A interpretação dos Sonhos (Sigmund Freud): por motivos profissionais procurei por esta obra… por motivos pessoais apaixonei-me por ela. E foi paixão mesmo, das grandes! Discutimos, fizemos as pazes… Discordei e aprendi a entende-la… Pensei que não poderia viver sem leitura diária e, aprendi a adaptar-me aos seus ensinamentos sem dependência. A behaviorista aceitou o mestre da Psicanálise.

- A obra foi publicada em 1899, mas com a data de 1900*.



Que tenhamos sempre tempo, vontade, necessidade de fazer uma boa leitura.



*- by Wikipedia

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Faculdade de Gestão... na Universidade da Vida!



Estou a pensar, seriamente, em voltar para a escola e fazer um curso de gestão!
Sim, custa mas tenho de admitir que, esta devia ter sido a minha formação no tempo da Universidade (meu pai, se me houve, vai dizer: eu bem te disse!).
Nos meus mais de 25 anos nunca senti tanta necessidade dos conhecimentos de gestão como sinto agora!
É muito para aprender, coordenar, estabilizar, organizar, delegar… É muita coisa!
Começa pela necessidade de aprendermos a Gerir melhor o nosso Tempo! Sim, o nosso (e não dos outros como muitas vezes, directa ou indirectamente, fazemos) … Depois a Gestão da Paciência, pois esta tem cada vez mais tendência a ser curta. Precisamos dela para aturarmos as “malambas” que a vida nos apresenta, para ouvirmos/entendermos/aconselharmos (caso nos peçam) as situações das pessoas que nos são próximas e, claro: paciência para aceitar o que não podemos ter...!
E com isso chegamos à Gestão de Sentimentos… Acho que esta “cadeira” teria de ser leccionada em todos os anos da Universidade, e nada de passar com “ajuda memória”… Se não sabe: tem mesmo de reprovar! Sei que não falo só por mim quando digo que Gestão de Relações devia ser uma disciplina anual com direito a trabalho de campo... "muito estágio nessa hora".
Apercebi-me que, provavelmente, este não é o currículo do Curso de Gestão que as escolas nos apresentam… mas deviam!
Ai, vida: já foste mais difícil… mas, também não tens sido nada fácil!