sexta-feira, 29 de julho de 2011

Os meus PPP's






Não, não me refiro aos PPP (pequeno/a, pausado/a e popozudo/a) eternizados pelo Yuri da Cunha... Um dos maiores intérpretes da nova geração do nosso Semba.
Eu refiro-me à algo mais puro, mais intenso e mais difícil de alcançar: Perdão, Paciência e a Paixão.
Esses 3 P's moram na mesma casa, em compartimentos diferentes mas, se reúnem sempre na hora das refeições... Hora essa em que os atritos costumam ser mais frequentes.
Ninguém começa a comer sem, pelo menos, um deles estar presente. Digo já que, na ausência dos P’s, o risco de indigestão é bem maior.
A Paixão é a mais nova e, por isso a mais intensa, a mais leviana… Porém a mais capaz. Não tem medo de pedir para repetir o prato e nem de levantar e sair, se a comida não for do seu agrado... É ela que muitas vezes: repete a sobremesa.
Depois dela, temos a Paciência... A menina do meio, a mais ajuízada, que sabe ponderar, que sabe distinguir o salgado do doce, que sabe realmente discernir quando é que vale a pena, ou não, lutar pelo último pedaço daquela fruta que tanto gostamos. Ela aceita os erros da Paixão e ajuda a superar a virtude do seu outro irmão, o Perdão.
Dizem que eles são gémeos, pela maneira sábia q se comportam... Sentam sempre um ao lado do outro, trocam impressões e alguns dos sabores agridoces da vida.
O Perdão, por ser o mais velho, é sempre quem decide quando e como continuar a comer depois de uma refeição mal servida, porque sim: a apresentação do prato conta muito.
Ele analisa, discrimina, muitas vezes come o que gosta e deixa as sobras no prato, meio esquecidas..."Mais vale mandar os restos para o lixo do que remoê-los", disse ele, certa vez.
O Perdão é divino, é natural e nada forçado, tal como suas irmãs.
Os três são filhos do senhor Respeito e da dona Amor. Provavelmente essa relação terá mais frutos, com o tempo... Mas sem esses três, de nada valeria a pena tanta entrega e vontade.
A hora da refeição é sagrada, e mais uma vez os três estão preparados para comer.
Paixão, Paciência e o Perdão... Os meus PPP's.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Quando me apaixono!

Acordei com vontade! Vontade de sentir, de me entregar... Vontade de ser dele (mais uma vez)...
O meu "companheiro" tem sido a luz e a escuridão dos meus dias... Devem ser efeitos da paixão.
Quando me apaixono (facto raro) me entrego, me excedo, incorporo todas as deusas da literatura só para incrementar o famoso "amo-te", pois é mais do que comum apelidarmos a Paixão de Amor, para transforma-la em algo mais intenso, mais capaz, mais real...
A minha paixão não é apenas uma atracção - como aquela que sinto quando vejo homens e mulheres cativantes... A minha paixão é sublime, intelectual, confusa e cheia d charme (requisitos mais do que indispensáveis para conquistar-me).
Quando me apaixono, consigo reconhecer todas as cores d um arco-íris, relevo falhas, organizo minhas energias para aquela pessoa.
Quando me apaixono, mando flores! Se é escusado, não sei... Faço aquilo que o meu coração manda!
Grito, choro, fico entre os portões da alegria e da tristeza. Compartilho inseguranças com o meu subconsciente o que faz que, até em sonhos, a minha paixão esteja presente.
Quando me apaixono não desisto... Conquisto!
Nem sempre elas dão certo: já sofri quedas suficientes para aprender a saborear o amargo da derrota, mas a gente continua: na espera tranquila de mais batalhas... A vida não nos permite desistir... Ela é curta demais para ser insossa!
Hoje acordei com vontade... Vontade de te ter... De ser tua (mais uma vez) e o melhor de tudo é que, esta vontade... Tem tudo para ser uma realidade!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Obrigada, Alanis



Tardes cansativas que parecem não ter fim, fazem-nos pensar... A música, minha companheira de todos os momentos, ajuda-me a viajar por décadas (muitas das quais nem vivi).

Alanis Morissette, uma das mais reconhecidas cantoras canadenses, começou a sua carreira no início da década de 90. Confesso que naquela altura era uma menininha, que por vezes brincava com barbies, outras com vídeo games, ou mesmo com os meus amigos imaginários.

Não percebia quase nada do que se dizia em inglês, mas... A voz dela sempre me cativou. Hoje, parei mais uma vez para ouvir “Thank You”, uma das músicas mais motivadoras (apesar da mensagem) que Alanis já escreveu.

O coro, motivou-me também a escrever... Motivou-me a agradecer:
Thank U Índia- pela inspiração durante a infância; pelos filmes de mais de quatro horas na TPA. Obrigada pelo cabelo que muitas amigas minhas usam... Obrigada!

Thank U, Disillusionment and Frailty- sim, muito obrigada! Desiludi-me vezes sem conta por ser (por vezes) frágil... E aprendi o que tive de aprender, sem perder a vontade de viver!

Thank U, Terror- sim, obrigada! Durante anos dormi forrada da cabeça aos pés, com medo que algo me atacasse e isso impediu que visse muitos dos problemas que, agora sei que realmente não teria entendido...

Thank U, Consequence and Providence- pelos momentos que me fizeste ver que quem abusa, apanha... Que quem fere, é ferido... Quem ama, cuida... Quem dá, recebe!

Thank U, Nothingness and Clariness- por todas as vezes que nada fiz, que me deixei estar... Que deixei fluir e respirei fundo... Obrigada!

Thank U Silence- por tudo que me permitiste não ouvir... Aprendi a interpretar-te de modos a, por vezes, querer-te como resposta! Obrigada, silêncio...

Obrigada vida, pelas lições... Obrigada por me permitires reconhecer meus erros... Obrigada pela chance de ser feliz! 

Link YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=NL1Nu3qZLdg - Thank You (Live)