quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

"Dear (old) Narnia"


Quando surgiste foi como encontrar uma espécie de tábua de salvação no meio de um oceano recheado de tubarões. Um castelo de portões abertos, no meio do mundo... a (falsa) definição de liberdade.

Mas, e já cantou (e bem) Luther VanDross, "a house is not a home". Cada vez mais o lixo que fui guardando no teu porão sufocou-me... quer pelo cheiro ou então pelos insectos que de lá sairam.
Se não fui feliz dentro de ti, velho Castelo de Nárnia?! Claro que fui... não posso responsabilizar-te por minhas más escolhas na decoração... mesmo porque o importante é reter as boas lembranças e em ti fui todos os personagens narrados por CS Lewis.
Houve espaço para um bocado de tudo... amores, tristezas, decepções, gargalhadas e muita música. Castelo animado... casa cheia... coração vazio... mente confusa... alma sofrida... corpo cansado! Hora de mudar!
Esquecer a decoração e arriscar! descansar o corpo... Animar a alma... organizar a mente que o coração vai tratar de encher!
Mais de mil dias num mesmo lugar... mesmo para quem não é materialista é complicado seguir... mas tem de ser!
Entregar a chave e procurar novo porto... chorar minhas lágrimas porque hoje é a última noite sem definição de futuro.
Pegar as pedras e construir um novo castelo... fazer dele meu lar... meu infinito particular e fortaleza, não um refúgio.
Minha Nárnia não deve ser meu esconderijo e sim a minha decisão!

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