sábado, 17 de setembro de 2011

É dando que se recebe?!

Existem três tipos, muito conhecidos, de amor.
O primeiro é o dos que muito dão e pouco recebem, o segundo é o dos que dão e recebem em doses parecidas e o terceiro (interligado ao primeiro) é, a meu ver, o mais vil... É o dos que pouco dão e muito recebem.

É vil porque pertence aos traumatizados, àqueles que depois se tornam responsáveis também por muitos traumas, àqueles q fazem diminuir o brilho no olhar, a entrega, os sorrisos... Diminuem o verdadeiro significado do amor.

Soube duma história assim. Ela começou como todas, motivada pela cendelha da paixão... Nada começa sem ela. Sem a vontade do toque, da entrega, do romance.

Porém, não há paixão q resista... E essa, também não resistiu... Extinguiu-se com o tempo, como se de uma fogueira de praia se tivesse tratado. 
Há quem diga que é possível continuar sem a paixão... Mas eu pergunto: consegues viver sem respirar?! A mim, nada respondem.

Essa história foi se perdendo, pois quando muito se recebe e pouco se dá sentimo-nos sufocados, incapazes, insuficientes para a pessoa amada... E com isso chegam as discussões desnecessárias, os dramas, a falta de diálogo e compreensão.

Os que pouco dão e muito recebem fazem parte da estatística da infelicidade, fazem parte dos que vivem de memórias dum passado tristonho e, por incrível que pareça, são encantadores o suficiente para puxarem para o seu mar de angústias e temores, sempre mais um pobre disposto a dar de tudo para ser feliz, pois... O ser humano gosta de desafios.

Aos intervenientes desta história recomendei algo há muito esquecido por ambos... A felicidade! Ao que muito dava, recomendei que tentasse procurar no horizonte alguém que realmente estivesse empenhado em trata-lo com respeito, carinho e dedicação. Dizem que "há sempre uma tampa para uma panela velha"... Já eu digo que "pé bonito tem sempre protecção no Inverno". Pedi para que não desistisse de encontrar a alegria de uma relação salutar, porque o erro não estava em querer ser feliz mas sim em não saber aproveitar a vida e seus bons momentos. Ninguém nasceu para sofrer.

Ao que pouco dava, bem... A ele, apenas pedi que fosse mais humano e não envolvesse mais pessoas nos seus traumas e inseguranças. Que mais podia eu fazer?! Ele sabe a doença, tem o remédio... Só tem que toma-lo.

3 comentários:

  1. Hehhehe mto interessante, agora estou a pensar em qual dos 3 me encaixo melhor lol. Obrigada pelas lindas palavras, ajuda-me sempre a reflectir. Bjoka

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  2. Pois é, Neusa... Faz essa reflexão o quanto antes... O tempo não pára :)... Obrigada eu, pelos teus sempre afáveis comentários :)

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  3. .... é duro estar no 3º tipo e pior ainda quando depois de terminares, ver q ele/a está no 1º ou 2º com uma outa pessoa... (grrr.. ) (daqui a nada já me passa a raiva/ciúme)

    Para não deixar a outra no 3º tipo (dar-me muito amor sem que eu faça o mesmo), prefiro nem começar a relacção sem estar realmente "in love" ... Namorar com alguém sem estar apaixonado é o mesmo q viver sem respirar...

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